Vale a pena pagar mais caro por um Whey Hidrolisado?
A resposta é NÃO. E o preço mais alto não é o problema principal.
Continue lendo esta dica e entenda por que.
É difícil de acompanhar a velocidade da ciência. A cada dia algo novo é inventado, ou alterado. Porém, nem todos os avanços são positivos.
Há poucas décadas, para uma dose extra de proteína o interessado era obrigado a comer quilos de carne, dúzias de ovos e/ou ingerir muito leite. Na década de 80 os suplementos a base de Whey Protein (Proteína do Soro do Leite) foram considerados a inovação do século, principalmente para bodybuilders e atletas de elite. Com o passar dos anos, estudos constataram que o Whey Protein é, de fato, um produto de ouro não somente para os amantes do fisiculturismo, mas para manutenção da saúde em geral.
A evolução nutricional otimizou esses produtos através de ultra filtragens, separando a proteína do carboidrato e gordura, tornando o produto final ainda mais puro. Daí surgiu o Isolate Whey Protein (Proteína Isolada do Soro do Leite), livre de gorduras e carboidratos, que permite a sua metabolização pelo organismo ainda mais rápido que o Whey Concentrado tradicional.
Até aí, tudo 100%.
O problema é que para manter o mercado sempre aquecido, lançamentos e modismos são necessários… Daí, a nova tendência do momento é o Whey Hidrolisado.
Mas, você realmente sabe o que é esse produto? No que se constitui um processo de hidrolise? Quais os benefícios ou riscos deste novo produto?
Whey Hidrolisado basicamente é o mesmo Whey Concentrado ou Isolado que sofre um processo químico de hidrolise para quebrar a molécula normal da proteína, deixando-a menor, com o intuito de ser ainda mais rapidamente metabolizada.
Ou seja, a hidrólise é um processo industrial químico que expõe a molécula de proteína a ingredientes cáusticos ou enzimáticos para gerar a sua quebra.
Sabe quando você tenta cortar ao meio um comprimido usando uma faca e o comprimido se esfarela um pouco? Pois essa é uma analogia que podemos fazer ao processo de hidrolise. Assim como aquele farelo do comprimido que ficou na pia, durante a hidrolise a molécula de proteína também perde frações nutricionais importantes. O resultado será uma molécula proteica menor, que será mais rapidamente absorvida, porém nutricionalmente inferior à sua versão intacta concentrada ou isolada.
No entanto, o problema não para por aí. Estudos recentes(*) apontam que o processo de hidrolise libera alguns aminoácidos em sua forma livre, especificamente o ácido glutâmico (ou glutamato), o qual pode ser extremamente nocivo ao organismo. Conhecida como excitotoxina, pode causar diversas reações adversas como a liberação de radicais livres, ou mesmo prejudicar neurônios cerebrais.
Via de regra, o benefício de ser uma proteína digerida mais rapidamente pelo organismo, certamente não justificará a exposição ao risco assumida. Até porque a diferença de metabolização entre um Whey Hidrolisado e o Isolado varia entre 10 a 20 minutos, o que, na prática, para uma pessoa saudável, é absolutamente indiferente.
Por fim, quando um suplemento é vendido como “Proteína Hidrolisada”, na verdade a fração desta substância presente na fórmula varia entre 5% e 20% no máximo. A propaganda e marketing vende esse produto como Hidrolisado mas na verdade 80% a 95% da fórmula é Whey normal (concentrado ou Isolado), de forma que a maior diferença é apenas o preço mais alto!
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(*) Bibliografia:
http://americannutritionassociation.org/newsletter/review-excitotoxins-taste-kills
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27065230